Neste momento, quando estou numa rua do Bairro Judeu da Cidade Velha, quase no limite com o mercado árabe, a usar a Internet sem-fios que captei, vinda de qualquer casa da rua, oiço uma voz familiar.
Dulce Pontes canta no hi-fi de alguém. Uma voz de fado ecoa pelas pedras da Cidade Velha. Faz coro com outros rádios, mais distantes que berram música mizrahi, o mais popular estilo de música israelita. E ainda mais ao longe, o muezzin da mesquita chama para a oração da tarde.
Este ano, a festa judaica de Purim festejou-se três dias seguidos, da passada sexta-feira a Domingo. Normalmente, dura apenas um dia. No entanto, sempre que a data da festa coincide com o Shabbat e para evitar violar as regras do Shabbat, as várias tradições da festa são divididas por três dias. É o Purim Meshulash, o "Purim Triangular".
Purim é o festival que lembra a salvação dos Judeus da Pérsia, sobre os quais havia sido decretada a aniquilação, às mãos do vizir Haman. A ordem para matar todos os judeus do reino estava marcada para aquele dia. Graças à intervenção da Rainha Ester, a esposa judia do rei Ahashverosh (Assuero ou Xerxes), os judeus conseguiram ser salvos.
A história é contada no Livro de Ester. Escrito num rolo de pergaminho, conhecido por Meguilat Ester, o conto é lido nestes dias em todas as sinagogas do Mundo. Um dos costumes mais populares da festa, durante a leitura pública da Meguilá, é fazer barulho de cada vez é lido o nome de Haman. Matracas, cornetas, assobios ou simplesmente bater com as mãos nas mesas, tudo serve para abafar o nome do perverso vizir.
A festa é comparada (erradamente) com o Carnaval – chamam-lhe o Carnaval Judaico, tal como a Hannuka chamam o Natal Judaico – apesar de não haver a mínima relação entre nenhuma das festas, além da proximidade no calendário. Tanto Purim como Hannuka são bem mais antigas que as festas cristãs celebradas na mesma época.
É o dia das máscaras. As máscaras simbolizam que o Mundo é mostrado ao contrário. Uma espécie de inversão de papeis e identidades. A oposição entre o que se revela e o que se esconde. Tal como Deus – aparentemente – esteve escondido, na história de Ester e dos Judeus da Pérsia. Tal como houve, no dia de Purim original, uma inversão de sortes. Os judeus, marcados para serem mortos, puderam defender-se e todos foram salvos.
É ainda o dia da bebida. Na yeshiva a festa é "regada" com alguma moderação, mas sempre há alunos que por conta própria, decidem "encher a cara", com as consequências esperadas. No dia seguinte, os empregados de limpeza da yeshiva têm trabalho redobrado. O after-party não é agradável para os exagerados. Diz-se que é em Purim que, nas yeshivot, são proclamados os melhores discursos dos rabinos. Ajudada pelo álcool, a inspiração é acrescida. "Entra o vinho, sai o segredo". E com ele, também cai a máscara. Revelam-se as verdadeiras personalidades.
No baile que tem lugar na yeshiva, alunos e rabinos dançam horas e horas, numa expressão de alegria impressionante. É a alegria da salvação, da memória da salvação dos Judeus da Pérsia, e de outras salvações ao longo dos séculos da história judaica. É a alegria da certeza de, aconteça o que acontecer, quaisquer que sejam os decretos, existe um Guardião que zela pelo Povo de Israel. Mesmo que pareça estar oculto.
Na maioria – se não mesmo na totalidade das línguas do Ocidente, não existe um termo para denominar um progenitor que perde um filho. Alguém que perde o pai ou a mãe é órfão. Alguém cujo cônjuge morre é viúvo. No entanto, não existe termo para quem perde um filho. Talvez a incapacidade de definir tal situação extrema, tenha deixado essa lacuna no dicionário. Em hebraico, essa palavra existe: shakul, um termo que traduz a ideia de desamparo ou solidão.
Dias depois da tragédia na yeshiva Mercaz Harav, o ambiente na Yeshivat Hakotel, onde eu estudo, continua muito pesado. Mesmo entre os brasileiros, que pela sua natural maneira de ser, costumam mostrar-se mais descontraídos que a maioria dos outros povos. Podia ter sido aqui o ataque, creio ser o sentimento geral.
Acompanhado do choque adicional de um dos jovens mortos, Yohai Lifshitz, ser filho de um dos directores da minha yeshiva. No momento do enterro, o Rav Tuvia Lifshitz, pai de Yohai disse: "agradecemos a Deus pelo privilégio de termos vivido com Yohai durante 18 anos". Parecerá uma resposta fria para alguém que no dia anterior perdera um dos seus filhos. Parecerá um desprendimento absurdo em relação aos filhos, à vida. Parecerá, mas apenas para quem não acredita em Deus.
Ontem, terça-feira, o grupo dos alunos sul-americanos da yeshivat Hakotel – no qual eu estou incluído – foi prestar condolências ao Rav Lifshitz. Na incapacidade de receber tantos visitantes na sua pequena casa, foi montada uma tenda na varanda do telhado. Sentado numa cadeira baixa, o pai de Yohai recebeu durante vários dias milhares de pessoas, chegadas de todo o país. Assim que cheguei, não consegui deixar de reparar no que se passava no telhado de uma casa vizinha. Um muçulmano rezava, virado para sul, na direcção de Meca.
Sendo impossível de imaginar a dor da perda da família, era todavia incrível a calma emanada da face do pai enlutado, mesmo passados alguns dias da tragédia de Mercaz Harav. O Rav Tuvia falou do exemplo do filho, do amor que tinha pelo estudo e do alto valor que Yohai dava ao tempo. O tempo que lhe foi tão tragicamente cortado. A confiança inabalável no Criador mostrada pela família é profundamente inspiradora.
As respostas teológicas perante uma tragédia destas não são fáceis de aceitar. Todas as coisas e criaturas, seres humanos incluídos, têm um papel e uma missão no Mundo. Quando a sua missão termina, essa coisa, criatura, pessoa, cessam de existir. Yohai e os seus sete companheiros de estudo terminaram a sua missão. Reuniram-se a Deus, a causa inicial de tudo. O facto de terem morrido enquanto estudavam Torá, o mais valioso dos preceitos judaicos, encerra na sua partida terrena um significado especial.
No Judaísmo não existe o culto da morte. Em vez de manifestações violentas nas ruas, das yeshivot saíram apelos ao fortalecimento do estudo de Torá. Na Yeshivat Hakotel definiram-se períodos especiais diários para o estudo de ética judaica e do tratado talmúdico de Meguilá, ligado ao festival de Purim que se aproxima no calendário. É um tempo de introspecção e de melhoramento individual, dominado por todas as perguntas difíceis que podemos (e devemos) fazer nestes dias, mesmo apenas para nós próprios.
Enquanto isso, no bairro de Jabel Mukaber, na zona oriental de Jerusalém, a família do terrorista morto, um árabe de nacionalidade israelita, montou uma tenda para receber aqueles que lhe queiram prestar homenagem. E hasteou as bandeiras do Hamas e do Hezbollah. (A polícia israelita retirou finalmente as bandeiras, que vergonhosamente permaneceram hasteadas vários dias). Alaa Abu D'heim é mostrado como um herói. O "heroísmo" celebrado não é aquele que advém da salvação, da ajuda ao próximo, ou da vida, mas da destruição e da morte. Uma das formas mais seguras de medir o carácter das pessoas (e dos povos), é saber quem são os seus heróis. Eles exemplificam o seu sistema de valores.
Tal como os pais de Yohai, também os pais de Alaa são shakulim, desamparados. Porém, enquanto dos pais de Alaa enaltecem o seu "martírio" sangrento que causou oito mortes entre os inimigos; os pais de Yohai enaltecem a vida do filho e o seu último momento, estudando, debruçado sobre o tratado talmúdico de Menachot, o qual descreve um dos tipos de sacrifícios oferecidos no antigo Templo de Jerusalém. A diferença entre Alaa e Yohai é tão evidente como a que existe entre a escuridão absoluta e a luz.
Na noite de ontem, quinta-feira, houve um ataque terrorista numa yeshiva de Jerusalém. Há quase dois anos que o terror não chegava à capital. Dois homens armados de metralhadoras AK-47 entraram no recinto de Mercaz Harav, uma das maiores yeshivot de Israel. Na biblioteca, dispararam durante vários minutos sobre os alunos que estudavam. Segundo a polícia, terão sido disparados entre 500 e 600 tiros. Até serem abatidos por um soldado que, da rua, ouvira as rajadas de tiros.
No chão ficaram mortos oito alunos da yeshiva. Morreram enquanto estudavam Torá. Testemunhas descreveram o cenário como "um matadouro", com os livros sagrados jazendo no chão, junto dos alunos assassinados.
Depois da operação militar em Gaza, destinada a destruir a infra-estrutura terrorista do Hamas, os terroristas palestinianos prometeram vingança. A escolha de Mercaz Harav com alvo, é perfeitamente calculada. Tal como o World Trade Center representava a essência da sociedade americana, a yeshiva Mercaz Harav é um dos baluartes espirituais da sociedade israelita. É o principal centro de estudos judaicos da linha do Sionismo Religioso. Fundada pelo grande Rabino Avraham Hacohen Kook ainda antes da Independência de Israel, estabeleceu-se como uma das mais exigentes yeshivot do Mundo. Dos seus bancos saíram muitos dos maiores sábios do Judaísmo do século XX.
Na Yeshivat HaKotel, onde estudo, do outro lado da cidade, o ambiente era naturalmente muito carregado. Ainda mais, porque um dos alunos mortos, Yohai Livshitz, de 18 anos, era filho de um dos directores da Yeshivat Hakotel.
Nas noites de quinta para sexta-feira é costume fazer mishmar, ou seja, um grupo de alunos fica acordado toda a noite, a estudar no Beit Midrash, a sala de estudos principal. Na noite do ataque, o mishmar não se realizou. O grande tacho de chulent, um cozido de batatas e grão, também costumeiro da quinta-feira à noite, não foi preparado. Habitualmente ruidosa nas noites de quinta, imperava desta vez um silêncio pesado. No dia seguinte, a reza matinal foi um momento difícil. Coincidindo com o primeiro dia do mês judaico de Adar, por excelência o mês da alegria, foi impossível conter as lágrimas, mesmo durante a reza especial de Halel, entoada só nos dias mais alegres.
Uma yeshiva é, por excelência, o local mais respeitado no Judaísmo. A estima dada ao estudo da Torá, centrado exactamente na instituição da yeshiva, torna-a lugar de referência na sociedade judaica. Aí, os jovens aprendem desde cedo os princípios judaicos. Daí emanam os conhecimentos dos grandes Sábios. Em cada yeshiva se perpetua a milenar cadeia tradição judaica.
Qual é o limite do campo de batalha? Ao longo das décadas de terrorismo palestiniano, ao contrário de uma guerra tradicional, os alvos civis têm sido a preferência do terror. Autocarros, estações de transportes, hotéis, cafés, restaurantes, centros comerciais. Em poucas ocasiões foram escolhidos alvos militares para os ataques.
Como reconhecer legitimidade numa causa onde não há limites para os seus alvos? Como se pode ser brando, querer manter o diálogo? Em Gaza saíram à rua para festejar o massacre. Em Nova Iorque, a Líbia impediu uma nota de condenação do atentado pelo Conselho de Segurança da ONU.
Israel retirou de Gaza. O "Inverno Quente" terminou. O Hamas voltou à superfície, depois de uns dias de pânico nos bunkers. Rapidamente clamou vitória. A sua causa saiu vencedora. Mesmo à custa de sangue e vidas. Os heróicos mártires serão recompensados. A propaganda funcionou a favor. Os escombros e os gritos de Gaza abriram telejornais por todo o planeta. Apenas em Israel os Qassam são notícia.
Israel invadiu Gaza. Sim, a operação "Inverno Quente" é a manchete da semana. Até agora já se contam mais de 100 mortos árabes. Os soldados israelitas mortos já são pelo menos três. Desproporção de números e de meios? Sim. Os mortos em Gaza são, na maioria, operacionais do Hamas prontos a entrar no Paraíso e a receber o seu carregamento de virgens.
Quem ouviu falar dos mísseis Qassam que caem em Sdetot, Netivot ou Ashkelon? As pobres e indefesas crianças e mães palestinianas gritam mais alto frente aos microfones dos média internacionais, ávidos de "imagens choque" para abertura de telejornal. As crianças, em Gaza e em Sderot são igualmente inocentes, mas não os seus pais. Os pais de Gaza elegeram – viva a democracia! – o Hamas. E ao Hamas sacrificam os filhos. Sacrifício em troca de virgens, ou pelo menos, da morte de mais algum israelita.
Mísseis Qassam lançados de Gaza para Israel, 22 Maio 2007. Foto: Emilio Morenatti.
Quantas das crianças árabes desgraçadas – sim, é uma desgraça que morram crianças – vítimas da aviação israelita, não morreram por serem usadas como "escudos humanos" pelos terroristas do Hamas? Em troca do paraíso prometido aos heróicos shahada, os mártires. Tal como lhes é injectado, desde cedo, pela TV oficial e pelo sistema de ensino palestiniano. Aliás, seja pela TV do Hamas ou da Autoridade Palestiniana, sem grandes diferenças. Ou simplesmente são obrigadas a ser "escudos humanos" frente ao convincente cano das kalashnikov dos terroristas. Por uma notícia trágica, por uma oportuna foto sangrenta, bons meios de propaganda, o terror não evita imolar os seus filhos. Perdão, os filhos dos outros.
O Hamas reina em Gaza. Pensou que reinaria sem oposição, instaurando o terror como política oficial a partir da Faixa e expandindo o pânico para o Sul de Israel. No pânico da morte pela mão da aviação israelita, a liderança do Hamas abriga-se nos bunkers. Os líderes fogem, não se imolam. Afinal a história do paraíso virginal oferecido aos mártires é apenas engodo para os pobres de espírito.
Não se exija de Israel que se contenha face às ameaças a que estão sujeitos os cidadãos das regiões próximas de Gaza. Os Europeus, há muito que se esqueceram do terror da guerra à sua porta. Distantes, no conforto dos seus sofás, ou das poltronas dos parlamentos. Ignorantes, de visão toldada pela miopia jornalística, estão completamente alheios à realidade em Israel. Em Lisboa ou Bruxelas não se escutam as ameaças diárias do Hamas, do Hezbollah ou do Irão.
Israel é o culpado, o cruel, o matador de crianças, o tanque imponente contra a pedra na mão de um menino. Slogans gastos pelo uso, mas que continuam a servir. A ser servidos às massas. A Europa, na sua bendita serenidade, e a caduca ONU, seguem implorando "piedade!" em direcção a Israel. De longe.
Nas preparações para o casamento – felizmente está tudo a correr de forma tranquila – um dos obstáculos mais aborrecidos de transpor é a pesadíssima burocracia israelita. Se a burocracia civil é conhecida por ser demorada e atrofiante, a burocracia religiosa não é mais eficiente. Atrasos, falta de organização, pouca simpatia e ineficiência dos funcionários imperam em ambos os campos.
Na esperança de ultrapassar algumas dificuldades, decidimos abrir o processo de casamento no antigo local de residência da minha futura esposa – um local menos populoso e, por causa disso, onde a burocracia é menos morosa. Ilusão. Como eu nunca morei no local, tive de abrir o meu processo em Jerusalém, o local onde moro actualmente. Aí, a burocracia assenta bem no modelo de instituição pesada e ineficaz.
Tivemos de pedir vários documentos no Tribunal Rabínico de Jerusalém. No nosso caso, precisávamos de um "atestado de identidade judaica" para a minha noiva. Para mim, um "atestado de solteiro", já que os documentos do tribunal rabínico que julgou o meu processo de conversão servem como atestado que sou judeu. Abrir pasta aqui, ir pagar acolá, marcar entrevista para outro dia. Ir, esperar, fazer, esperar, assinar, receber, esperar, carimbar...
Nestes meandros burocráticos, uma das tarefas mais complicadas é a obrigatoriedade da presença de duas testemunhas para atestar a veracidade dos factos, quando se pretende fazer um documento. Encontrar duas testemunhas idóneas, disponíveis e conhecedoras, que pudessem afirmar a favor das nossas pretensões: por um lado, que a minha noiva é judia e por outro, que eu sou solteiro.
O tribunal situa-se no edifício onde funcionou o parlamento israelita entre 1950 e 1966, no centro de Jerusalém. Em Israel, a lei civil não contempla as áreas de casamento e divórcio, sendo estes assuntos regulados exclusivamente pelas autoridades religiosas – judaica, cristã e islâmica. Por isso, religioso ou não, toda a gente que decida casar-se, tem de passar ao menos uma vez por um tribunal rabínico.
Nas mesmas salas onde se prestam pacíficos testemunhos para casamento, também se ouvem histórias por vezes escabrosas que envolvem o litígio dos casais em processo de divórcio. O segredo dos depoimentos é assegurado pela arquitectura: as salas são hermeticamente fechadas, as portas são almofadadas do lado de fora para abafar o som e, ao mesmo tempo, evitar que as pessoas que esperam (e desesperam) do lado de fora, não possam bater na porta, incomodando o juízo que decorre no interior.
Os inconciliáveis mundos religioso e secular, que vivem lado a lado, na sociedade israelita, encontram-se também nos corredores deste tribunal. Mulheres não-religiosas são facilmente topadas por usarem calças, quase sempre justas, por menos elegantes que possam ser os seus corpos. Numa sociedade onde o sinal mínimo de religiosidade masculina é o uso de kippa, os homens não-religiosos notam-se pela cabeça descoberta. Ou então, por usarem uma kippa que não condiz com o resto da roupa. Calças de ganga, blusão de couro e... kippa de veludo negro!? Esse não engana ninguém.
À entrada das salas de juízo, um diligente funcionário verifica se todos os homens entram com a cabeça coberta. Invariavelmente, a kippa disponível será de veludo negro. Apesar de o estilo "nacional religioso" prescrever a kippa tricotada, o sistema judicial rabínico é dominado pelos ultra-ortodoxos, que usam a kippa de tecido negro. E essa é a única moda oferecida aos que não levam a sua própria kippa.
À saída das salas é fácil perceber para o que estão as pessoas no local. Caras alegres e descontraídas são sinal de estarem a tratar de assuntos de casamento. Há gente que sai a chorar, após relatarem as mágoas de um casamento terminado em desastre.
A lei judaica permite o casamento e o divórcio. Pode ser que alguns dos separados nos juízos de hoje, dentro de alguns meses ou anos, voltem a cruzar os corredores da burocracia. Nessa altura trazendo de novo testemunhas, para depoimentos de felicidade, para assim conseguirem refazer as suas vidas junto com outra pessoa.
As kippot que não combinam, as mulheres de calças justas, os homens barbudos e de capota negra, os escriturários de pena e tinteiro na mão, os funcionários diligentes, as lágrimas dos frustrados e os imponentes juízes rabínicos estarão lá, juntos, a compor o surrealista quadro da burocracia nacional.
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