align=justify>face=verdana size=2>Numa das minhas últimas jornadas diárias para Jerusalém, apanhei boleia num carro onde viajavam duas mulheres que conheço vagamente, residentes em Alon Shevut, tal como eu. Mãe e filha conversaram num idioma estranho durante toda a viagem. Percebi imediatamente que não era hebraico. Apesar de ainda um pouco ferrugento na minha boca, o hebraico já não é “um idioma estranho” para mim.
align=justify>face=verdana size=2>“Talvez seja yiddish”, imaginei, lembrando-me da língua falada pelos Judeus oriundos da Europa Oriental, que é uma mistura de dialetos alemães e eslavos. “Não, também não é”, percebendo pela falta do forte sotaque alemão. Curioso, prestei atenção à conversa, sem entender uma única palavra daquele idioma misterioso. Da lista de possibilidades, fui sucessivamente excluindo as línguas germânicas e eslavas. “Húngaro!” concluí, atendendo à abundância do som “ô”. Aqui e acolá, a filha pontilhava o húngaro com expressões em hebraico e até português. *
align=center>face=verdana size=1>Jerusalém, nas línguas do Mundo.